A escultura no período barroco ganhou uma nova vida e dimensão. Integrada no efeito cénico dos interiores das igrejas, decoradas com os retábulos de colunas resplandecentes, a escultura define-se monumental, emotiva e teatral.
Esta escultura de S. Francisco de Borja demonstra o espírito barroco: a teatralidade dos gestos exorta à emoção, as carnações e as vestes esvoaçantes conferem-lhe vivacidade e realismo. O ouro é, por outro lado, uma constante, vincado nos padrões das vestes, enriquecendo-as através do seu brilho, uma autêntica manifestação do divino. A caveira coroada e o resplendor em prata surgem como os atributos de S. Francisco de Borja.
S. Francisco de Borja, um nobre que renunciou à vida mundana para se dedicar aos jesuítas, foi canonizado no século XVII e considerado, em Portugal, o padroeiro contra os terramotos.