No século I da nossa era os romanos fizeram de Vissaium a capital de um território, de uma civitas, a civitas dos Interanienses, ou seja, dos povos que viviam entre os rios.
Vissaium foi durante os primeiros séculos da nossa era uma importante urbe, com o seu fórum na acrópole onde hoje está a catedral, atravessada por um eixo estruturante, o cardus maximus, correspondente à atual Rua Direita, os bairros de insulae, os prédios da época e as necrópoles junto às entradas da cidade, assumindo-se, deste modo, como o principal centro urbano da vasta região entre a Serra da Estrela e o rio Douro.
Daqui irradiavam oito vias que alicerçaram uma teia de relações comerciais com todos os pontos da Hispania.
Os romanos trouxeram uma nova maneira de estar e de viver e englobaram-nos na província da Lusitânia cuja capital, Emerita Augusta, a atual Mérida, se encontra a mais de 200 km de distância.
Fizeram de Vissaium uma cidade deles, tão importante como qualquer outra cidade do império com a capital em Roma.
Nos finais do século IV soaram os ecos da ameaça dos bárbaros oriundos do centro da Europa e a cidade logo construiu uma possante muralha. Era o princípio do fim, mas as sementes estavam lançadas. Nunca mais a cidade deixou de ser uma capital.