Uma questão de estatuto

As peças expostas são réplicas fidedignas, em prata dourada, de duas joias que fazem parte do Tesouro Nacional, patente no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, tendo pertencido à coleção pessoal do rei D. Fernando II.

Os torques eram joias de trazer ao pescoço, constituindo o tipo de ornato pessoal mais significativo da ourivesaria castreja de Portugal e que mais denuncia as influências da civilização céltica na região. Estas peças eram de uso exclusivamente masculino, refletindo o estatuto social do seu possuidor, conotado, normalmente, com a função e prestígio guerreiro.

A lúnula é um tipo de joia rara e associada, geralmente, a cronologias mais antigas. A lúnula de Viseu é decorada com motivos que se observam nas cerâmicas da época, como os círculos concêntricos e escudos com besantes.

Ambas as peças serão datáveis de um período compreendido entre 500 e 200 a.C..

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Créditos fotográficos:
José Pessoa (DGPC/ADF) e Luísa Oliveira (DGPC/DAF).