Ícones da História de Viseu – O Despertar do Museu
A Pele da Cidade
Alma da cidade
As cidades nascem e crescem como qualquer ser vivo. Algumas morrem, mas outras sobrevivem e desenvolvem-se de tal maneira que ocupam um papel cada vez mais estruturante na sociedade contemporânea. Mas, todas elas deixam marcas e possuem uma identidade, um ADN, uma alma.
A nossa cidade não é exceção e a sua alma encontra-se marcada nas paredes de granito, nas varandas de ferro forjado, nos seus monumentos, na sua gastronomia, nos sorrisos das pessoas.
A pele é o maior órgão do ser humano. Não o será também das cidades?
Uma casa de boas recordações
Há sítios e pessoas dos quais guardamos boas memórias. Este é um local que recordamos com saudade. Neste edifício funcionou durante muitos anos a Papelaria Dias, baluarte do comércio tradicional, onde muitas gerações compraram as sebentas escolares, os lápis e as lapiseiras, borrachas, compassos, esquadros... numa época em que não existiam as grandes superfícies comerciais.
Erradamente associada, em tempos, à Sinagoga, este edifício tem, no entanto, uma longa história, mercê da sua estratégica localização no eixo da Rua Direita, a principal artéria da cidade desde a época romana até ao século XX. Bastante transfigurado, este edifício possui ainda um traço medieval evidente nas janelas ogivais do piso térreo. A sua arquitetura indicia que, pelo menos na Baixa Idade Média, este seria um dos edifícios mais importantes desta zona, muito provavelmente relacionado com a atividade comercial que se fazia sentir na Rua das Tendas, como era conhecida a Rua Direita, na Idade Média.
O Fascínio dos Mitos
A Origem
No meio dos Lusitanos
A origem de Viseu poderá remontar a momentos pré-históricos dos quais restam parcos vestígios. No entanto, a verdadeira importância da cidade tem início na Idade do Ferro, por volta do século V a. C.. Terá sido nessa altura que, no topo do morro da Sé, começou a crescer um importante povoado que terá atingido a sua máxima dimensão no século I a. C..
O abraço de Roma
O poder da Fé
A luz do Cristianismo
A Antiguidade Tardia representou um importante momento de viragem para a cidade de Viseu. Ao Império Romano sucedeu o domínio suevo até 585, momento em que a região foi incorporada no reino Visigodo. Terá sido entre 569 e 572, durante o domínio suevo, que a diocese de Viseu foi fundada, sendo D. Remissol o primeiro bispo conhecido.
Entre Reis e Califas
O charme de um mistério
A Cava de Viriato é o mais extraordinário monumento de Viseu. É enorme, é enigmático, é misterioso.
Este monumento, com 33 ha de área, é composto por oito muralhas em terra com 250 m de comprimento cada e 4 m de altura, formando um perfeito octógono. Do lado exterior dos taludes foi escavado um fosso com 16 m de largura e 3 m de profundidade que era cheio de água.
O Berço da Nação
A Guerra dos Tronos
No século X o rei Ramiro II fez de Viseu uma cidade real. A cidade beneficiava de uma estratégica posição de fronteira não se expondo demasiado aos perigos muçulmanos vindos de sul. Este terá sido o motivo que levou a que no século XII, D. Henrique e D. Teresa escolhessem Viseu para instalar a sua corte e daqui prosseguirem a reconquista dos territórios ainda ocupados pelos muçulmanos.
Idade das Artes e Letras
Uma História d'Ouro
Cidade Jardim
O Passado Presente
Feira de São Mateus
A Feira de São Mateus é, sem dúvida, um dos mais emblemáticos ícones da cidade de Viseu. Fundada em 1392, por D. João I, esta feira tem sido determinante para o desenvolvimento da economia local. Os primeiros passos foram dados entre a Cava de Viriato e o centro da cidade, estabelecendo-se, finalmente, no campo de S. Mateus no século XVI.