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Ícones da História de Viseu – O Despertar do Museu

Esta não é uma exposição qualquer. Esta é a nossa exposição. Aqui levanta-se um pouco o véu para mostrar o que de melhor temos: a nossa identidade, o nosso ADN. É o prelúdio do futuro museu da cidade e, como todos sabemos, não existe nada na vida mais importante do que os preliminares.

A Pele da Cidade

Alma da cidade

As cidades nascem e crescem como qualquer ser vivo. Algumas morrem, mas outras sobrevivem e desenvolvem-se de tal maneira que ocupam um papel cada vez mais estruturante na sociedade contemporânea. Mas, todas elas deixam marcas e possuem uma identidade, um ADN, uma alma.

A nossa cidade não é exceção e a sua alma encontra-se marcada nas paredes de granito, nas varandas de ferro forjado, nos seus monumentos, na sua gastronomia, nos sorrisos das pessoas.

A pele é o maior órgão do ser humano. Não o será também das cidades?

Uma casa de boas recordações

Há sítios e pessoas dos quais guardamos boas memórias. Este é um local que recordamos com saudade. Neste edifício funcionou durante muitos anos a Papelaria Dias, baluarte do comércio tradicional, onde muitas gerações compraram as sebentas escolares, os lápis e as lapiseiras, borrachas, compassos, esquadros... numa época em que não existiam as grandes superfícies comerciais.

Erradamente associada, em tempos, à Sinagoga, este edifício tem, no entanto, uma longa história, mercê da sua estratégica localização no eixo da Rua Direita, a principal artéria da cidade desde a época romana até ao século XX. Bastante transfigurado, este edifício possui ainda um traço medieval evidente nas janelas ogivais do piso térreo. A sua arquitetura indicia que, pelo menos na Baixa Idade Média, este seria um dos edifícios mais importantes desta zona, muito provavelmente relacionado com a atividade comercial que se fazia sentir na Rua das Tendas, como era conhecida a Rua Direita, na Idade Média.

O Fascínio dos Mitos

O Coração da Cidade

Muitas cidades possuem algo na sua identidade que as torna enigmáticas e extraordinárias. Viseu é o exemplo perfeito disto mesmo. A presença, no imaginário coletivo, de personagens míticas e lendárias ocupa um lugar especial na história da cidade.

A Origem

No meio dos Lusitanos

A origem de Viseu poderá remontar a momentos pré-históricos dos quais restam parcos vestígios. No entanto, a verdadeira importância da cidade tem início na Idade do Ferro, por volta do século V a. C.. Terá sido nessa altura que, no topo do morro da Sé, começou a crescer um importante povoado que terá atingido a sua máxima dimensão no século I a. C..

O abraço de Roma - Entrada

O abraço de Roma

A afirmação de uma Capital

No século I da nossa era os romanos fizeram de Vissaium a capital de um território, de uma civitas, a civitas dos Interanienses, ou seja, dos povos que viviam entre os rios.

O poder da Fé

A luz do Cristianismo

A Antiguidade Tardia representou um importante momento de viragem para a cidade de Viseu. Ao Império Romano sucedeu o domínio suevo até 585, momento em que a região foi incorporada no reino Visigodo. Terá sido entre 569 e 572, durante o domínio suevo, que a diocese de Viseu foi fundada, sendo D. Remissol o primeiro bispo conhecido.

Entre Reis e Califas

O charme de um mistério

A Cava de Viriato é o mais extraordinário monumento de Viseu. É enorme, é enigmático, é misterioso.

Este monumento, com 33 ha de área, é composto por oito muralhas em terra com 250 m de comprimento cada e 4 m de altura, formando um perfeito octógono. Do lado exterior dos taludes foi escavado um fosso com 16 m de largura e 3 m de profundidade que era cheio de água.

O Berço da Nação

A Guerra dos Tronos

No século X o rei Ramiro II fez de Viseu uma cidade real. A cidade beneficiava de uma estratégica posição de fronteira não se expondo demasiado aos perigos muçulmanos vindos de sul. Este terá sido o motivo que levou a que no século XII, D. Henrique e D. Teresa escolhessem Viseu para instalar a sua corte e daqui prosseguirem a reconquista dos territórios ainda ocupados pelos muçulmanos.

Idade das Artes e Letras

O sopro das ninfas

O século XVI foi um período extraordinário da cultura portuguesa. D. Manuel I promoveu nomes como Gil Vicente, Diogo Castilho, Pedro Nunes, Francisco de Holanda ou Damião de Góis, ilustres figuras que contribuíram para a construção da arte Manuelina e do Humanismo em Portugal.

Uma História d'Ouro

Vestidos de ouroVestidos de ouro

A arte portuguesa dos séculos XVII e XVIII, impulsionada, primeiro por D. Pedro II e, por fim, por D. João V, acompanha um novo estilo que se generalizava por toda a Europa: o Barroco.

Cidade Jardim - Entrada

Cidade Jardim

A palavra que vale mil imagens

A identidade das cidades é, por vezes, tão própria como a de um indivíduo, estando intrinsecamente apegada a um ou outro valor ou atributo.

O Passado Presente

Feira de São Mateus

A Feira de São Mateus é, sem dúvida, um dos mais emblemáticos ícones da cidade de Viseu. Fundada em 1392, por D. João I, esta feira tem sido determinante para o desenvolvimento da economia local. Os primeiros passos foram dados entre a Cava de Viriato e o centro da cidade, estabelecendo-se, finalmente, no campo de S. Mateus no século XVI.

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